A situação do sistema prisional brasileiro precisa ser debatida urgentemente. Possuindo a terceira maior população carcerária do mundo, o Brasil não busca soluções eficazes para solucionar o problema. Pelo contrário, as medidas que são tomadas por nossos representantes somente agravam a situação, encarcerando cada vez mais e prolongando a permanência do condenado em lugares insalubres e incapazes de recuperar alguém.
Um ponto que chama atenção é o aumento desproporcional do encarceramento feminino nos últimos anos. Bem superior à média registrada pelo gênero masculino, as mulheres passaram a ocupar espaços prisionais que muitas vezes construídos para abrigar os homens, não atendendo a realidade feminina.
Alguns dados chamam a atenção nesse cenário:
-O encarceramento feminino cresceu no Brasil 656% entre os anos de 2000 e 2016.
– 47,33% da população carcerária feminina tem menos de 30 anos.
– 63,55% das presas no país se declaram negras ou pardas.
– 62,4% não completou o Ensino Médio e 44% não chegou sequer a completar o ensino fundamental.
– 62% do total de mulheres privadas de liberdade são solteiras, e 74% das mulheres têm filhos
– 64,71% são acusadas de tráfico de drogas, um crime sem violência ou grave ameaça.
– São apenas 28 ginecologistas para atender todo sistema prisional feminino.
Fonte
http://depen.gov.br/DEPEN/depen/sisdepen/infopen-mulheres/copy_of_Infopenmulheresjunho2017.pdf
http://www.revistaliberdades.org.br/site/outrasEdicoes/outrasEdicoesExibir.php?rcon_id=336
https://ibccrim.org.br/noticias/exibir/952
Foto utilizada na imagem postada:Glaucio Dettmar